terça-feira, 3 de agosto de 2010

o Rio

É fácil definir as pessoas. Vejo trabalhadores, destemidos, ousados, desleixados, homens e mulheres maduros, moleques, líderes, patetas, dentre tantas outras características que podem ser vistas e usadas para definir ou referenciar todos aqueles que vemos ou convivemos. Mas é difícil ter alguma impressão a respeito de nós mesmos. Talvez porque o dia tenha 24 horas e durante todo esse tempo há espaço de sobra para sermos preguiçosos, trabalhadores, patetas, ..., ou simplesmente porque em nossa jornada é mais fácil buscar algo para fazer do que algo para ser.

A nossa alma não tratada em conflito com a consciência gerada pelo Espírito nos leva a uma pequena turbulência, onde existe a necessidade encontrar paz, descanso, e satisfação.A maneira mais fácil de consegui-las consiste em olhar em volta, notar, definir, e fazer igual. Afinal o marketing ensina que sucesso pode ser copiado, e aplicado. É ainda melhor para alívio da consciência quando se cai de pára-quedas dentro de um projeto de sucesso, onde há retorno para tudo que é feito. De fato esse caminho traz satisfação, descanso, e paz, mas o que ele não traz é permanência dessas três coisas. Á médio prazo a satisfação será trocada pelo cansaço que poderá abrir portas para aflição e ruína. É semelhante a construir uma cisterna de paredes rachadas ao lado de um rio de águas correntes, aproveita-se o rio para encher a cisterna, mas ele não pode ser represado, pois suas águas correm forte, a solução é encher com balde; Mas a água é tão fresquinha que faz valer pena ter cavado, emparedado, e enchido a cisterna; Acontece que dia após dia a cisterna seca, e tem que tornar a enchê-la, e a aguinha fresca parece não mais compensar o suor; o trabalho fica cada vez meia boca, cada vez menos água conseqüentemente paredes cada vez mais frágeis, que certo dia implodirá podendo matar quem está dentro.

O outro caminho é mais difícil simplesmente porque não existe forma, ou mapa, para ele. Nunca alguém trilhou um caminho igual. Mas a certeza que se tem, é que ele comparável com o rio e é constantemente enchido pela fonte. Não procura fazer e aliviar a consciência, mas passa a ser, e a própria consciência o alivia.

 

   Complicadinho não foi?! Jesus gostava de fazer isso, só que ele era muito mais safo. Acredito que dessa forma gera consciência e não apenas uma forma. Por isso apresento essa reflexão para aquele que já decidiram ser diferente, impactar e causar opinião. Fiquem na paz!

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